Identificar os melhores talentos é parte importante no sucesso dos negócios, especialmente no setor de tecnologia. Nesse sentido, a metodologia Big Five é uma das ferramentas que pode ajudar nesta missão.  

Mas, afinal, o que é essa metodologia e como ela pode ser aplicada nos processos seletivos de profissionais de TI?  

Imagem: Freepik

Origem da metodologia Big Five 

A metodologia Big Five surgiu de uma série de estudos iniciados na década de 1930. William McDougall propôs analisar a personalidade através da linguagem, identificando cinco fatores: intelecto, caráter, temperamento, disposição e humor.  

Em 1936, Gordon Allport e Henry Odbert listaram 4.500 termos de traços de personalidade. Na década de 1940, Raymond Cattell reduziu esses traços a 16 características usando análise fatorial.  

Posteriormente, Lewis Goldberg, apoiado por McCrae & Costa, condensou ainda mais esses fatores, culminando na versão atual do teste Big Five. 

O que é a metodologia Big Five? 

A metodologia Big Five, também conhecida como Modelo dos Cinco Grandes Fatores, é uma teoria de personalidade que identifica cinco dimensões principais que compõem a personalidade humana, sendo eles: 

  • Abertura à experiência (Openness to Experience): curiosidade, criatividade e disposição para experimentar coisas novas. 
  • Conscienciosidade (Conscientiousness): organização, responsabilidade e diligência. 
  • Extroversão (Extraversion): sociabilidade, assertividade e busca por estímulos. 
  • Amabilidade (Agreeableness): cooperação, empatia e simpatia com os outros. 
  • Neuroticismo (Neuroticism): estabilidade emocional e propensão a experimentar emoções negativas. 

Assim, nesta metodologia, esses cinco fatores são considerados componentes centrais da personalidade para prever comportamentos e desempenho em diversos contextos, incluindo o ambiente de trabalho. 

Aplicação do Big Five em processos seletivos de TI 

Sua aplicação em processos seletivos de profissionais tech pode oferecer uma série de benefícios, ajudando a identificar candidatos cujas personalidades são compatíveis com os requisitos do cargo e a cultura da empresa.  

Veja alguns exemplos de como isso pode ser feito: 

Durante a fase de triagem, os candidatos podem ser solicitados a preencher um inventário de personalidade baseado no Big Five. Esse inventário ajudará os recrutadores a identificarem rapidamente os traços de personalidade que são mais relevantes para o cargo em questão.  

Por exemplo, um desenvolvedor de software pode se beneficiar de altos níveis de conscienciosidade e abertura à experiência, enquanto um gerente de projetos de TI pode precisar de altos níveis de extroversão e amabilidade. 

Conforme os resultados do inventário de personalidade, o(a) recrutador(a) pode estruturar questões para explorar melhor os traços de personalidade dos candidatos.  

Ou seja, é possível formular perguntas específicas para entender melhor como os candidatos demonstraram esses traços em experiências passadas e como eles poderiam aplicá-los no novo papel.  

Para um candidato com alta conscienciosidade, podem ser feitas perguntas sobre como ele gerencia prazos e tarefas complexas, por exemplo.

A metodologia Big Five também pode ajudar a avaliar o fit cultural dos candidatos. Empresas de TI muitas vezes têm culturas organizacionais distintas, e a compatibilidade entre a personalidade do candidato e a cultura da empresa é um fator relevante para a satisfação no trabalho e retenção.  

Por exemplo, uma startup de tecnologia inovadora pode valorizar a abertura à experiência e a extroversão, enquanto uma empresa de TI mais tradicional pode priorizar a conscienciosidade e a estabilidade emocional. 

Entender os perfis de personalidade dos candidatos pode ajudar na construção de squads equilibradas e complementares. Profissionais de TI com diferentes combinações de traços de personalidade podem trabalhar juntos de maneira mais eficaz, enquanto um complementa as soft skills do outro.  

Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento de software pode se beneficiar de ter membros com alta abertura à experiência para impulsionar a inovação e membros com alta conscienciosidade para garantir a atenção aos detalhes, já que ambas as características são importantes para um time. 

Pesquisas mostram que certos traços de personalidade são preditores confiáveis de desempenho no trabalho e retenção. Ao utilizar a metodologia Big Five, os recrutadores podem identificar candidatos com maior probabilidade de sucesso a longo prazo.  

Por exemplo, altos níveis de conscienciosidade estão fortemente associados a um desempenho superior, enquanto baixos níveis de neuroticismo podem indicar uma maior estabilidade emocional e resiliência ao estresse. 

Em suma, a metodologia Big Five é uma ferramenta valiosa para os processos seletivos de profissionais de TI, oferecendo insights sobre a personalidade dos candidatos e ajudando a nortear algumas escolhas de contratação.  

Além de metodologias como esta, a contratação de uma consultoria especializada em recrutamento de profissionais tech pode trazer assertividade e agilidade ao seu processo de contratação. 

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