Como o Quiet Thriving melhora a satisfação no trabalho: superando o quiet quitting 

No mundo corporativo atual, dois conceitos têm ganhado notoriedade nas discussões sobre cultura organizacional e bem-estar profissional: o “Quiet Thriving” e o “Quiet Quitting”.  

O quiet thriving é uma abordagem positiva para encontrar satisfação e desenvolvimento sem necessariamente mudar de emprego, enquanto o segundo revela um afastamento silencioso e uma gradual redução do engajamento. 

Saiba mais sobre ambos! 

O que é quiet thriving? 

O quiet thriving é uma significativa evolução no pensamento sobre carreira e realização profissional. Fundamentalmente, representa a busca ativa por satisfação no trabalho atual, implementando pequenas transformações estratégicas, estabelecendo limites saudáveis e direcionando o foco para aspectos que realmente trazem contentamento. 

Nesse sentido, os profissionais não precisam necessariamente mudar de posição ou empresa para encontrar realização. Em vez disso, transformam sua experiência no ambiente atual. 

Para os especialistas em TI, particularmente, o quiet thriving frequentemente envolve: 

  • Selecionar projetos que se alinham com interesses pessoais dentro da mesma função; 
  • Definir limites claros para fortalecer o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; 
  • Adquirir novas habilidades que expandam horizontes na função atual; 
  • Cultivar relacionamentos enriquecedores no ambiente de trabalho; 
  • Gerar impacto positivo tangível através das responsabilidades diárias, inclusive em tarefas rotineiras. 

Leia também: Developer first: como times alocados podem se beneficiar dessa cultura?  – Ahoy 

O que é quiet quitting? 

O quiet quitting não envolve abandonar literalmente o emprego. Pelo contrário, caracteriza-se pela adoção de uma postura minimalista, onde o profissional executa apenas o estritamente necessário, evitando investimento emocional ou esforço adicional. 

Este fenômeno cresceu significativamente, principalmente após os intensos desafios impostos pela pandemia. Geralmente, manifesta-se como uma resposta natural ao burnout prolongado, à persistente falta de reconhecimento e às expectativas frequentemente excessivas do mercado. 

Especificamente no exigente setor de TI, onde profissionais enfrentam demandas intensas e prazos apertados, o quiet quitting costuma se manifestar de formas bastante características: 

  • Os colaboradores diminuem visivelmente sua participação durante reuniões e discussões colaborativas; 
  • Demonstram redução perceptível na iniciativa para enfrentar problemas complexos ou desafiadores; 
  • Apresentam menor disposição para compartilhar conhecimentos técnicos ou orientar colegas menos experientes; 
  • Seguem estritamente o horário estabelecido de trabalho, eliminando qualquer disponibilidade para situações emergenciais; 
  • Produzem entregas com qualidade apenas suficiente, mantendo exclusivamente o padrão mínimo aceitável. 

Transformando quiet quitting em quiet thriving na área de TI 

A transformação do baixo engajamento para o florescimento profissional exige esforços coordenados tanto dos colaboradores quanto das organizações. Enquanto empresa, você pode ativamente facilitar esse processo com algumas ações como: 

1. Identifique precocemente os sinais de alerta 

Observe atentamente e reconheça profissionais que possivelmente estejam iniciando o caminho do quiet quitting através de: 

  • Alterações significativas nos padrões habituais de comunicação; 
  • Diminuição gradual na qualidade ou quantidade das entregas técnicas; 
  • Redução notável na participação espontânea em iniciativas voluntárias da equipe; 
  • Declínio nas contribuições substantivas durante reuniões e discussões colaborativas. 

2. Estabeleça diálogos genuinamente significativos 

O diálogo aberto e sincero constitui elemento absolutamente fundamental para reverter o desengajamento crescente: 

  • Conduza check-ins regulares e estruturados, abordando não apenas tarefas técnicas, mas também aspectos relacionados à satisfação pessoal e desafios enfrentados; 
  • Investigue os interesses profundos e aspirações futuras dos profissionais; 
  • Forneça feedback construtivo e específico, valorizando explicitamente as contribuições positivas; 
  • Desenvolva espaços psicologicamente seguros onde os profissionais sintam-se confortáveis para expressar abertamente suas necessidades. 

3. Proporcione oportunidades estratégicas de desenvolvimento 

O crescimento profissional constante representa um pilar fundamental do quiet thriving: 

  • Mapeie cuidadosamente as habilidades específicas que cada profissional deseja genuinamente desenvolver; 
  • Ofereça proativamente projetos desafiadores que permitam a exploração de novas tecnologias ou metodologias emergentes; 
  • Incentive vigorosamente a participação em comunidades de prática e eventos relevantes do setor tecnológico; 
  • Colabore na criação de planos de desenvolvimento personalizados para cada profissional. 

4. Cultive autonomia significativa e senso de propósito 

Os profissionais de tecnologia valorizam particularmente: 

  • Liberdade autêntica para escolher abordagens próprias ao enfrentar problemas técnicos complexos; 
  • Entendimento claro do impacto concreto de seu trabalho no negócio e na experiência dos usuários finais; 
  • Reconhecimento específico por ideias genuinamente inovadoras e soluções verdadeiramente criativas; 
  • Flexibilidade real para adaptar metodologias de trabalho às suas preferências individuais e estilos cognitivos. 

5. Desenvolva uma cultura integrada de bem-estar tecnológico 

O setor tecnológico apresenta desafios específicos que necessitam abordagem dedicada: 

  • Implemente práticas preventivas eficazes para evitar o burnout durante projetos particularmente intensivos; 
  • Incentive deliberadamente momentos regulares de desconexão digital completa; 
  • Priorize enfaticamente a qualidade intrínseca do código e das soluções, não apenas a velocidade aparente de entrega; 
  • Institua rituais significativos de celebração para reconhecer conquistas técnicas importantes. 

Benefícios concretos do quiet thriving para empresas que terceirizam sua TI 

Quando os profissionais estrategicamente alocados em seus clientes efetivamente adotam a mentalidade de quiet thriving, sua organização rapidamente colhe benefícios substanciais. Por exemplo: 

  • Expressiva elevação na retenção de talentos: Profissionais genuinamente satisfeitos permanecem significativamente mais tempo na empresa, consequentemente reduzindo drasticamente os custos associados a recrutamento, seleção e onboarding. 
  • Fortalecimento notável da reputação organizacional: Consultores autenticamente engajados representam sua marca de maneira extremamente positiva perante os clientes, então tornam-se verdadeiros embaixadores da cultura e valores organizacionais. 
  • Qualidade consistentemente superior nas entregas: O engajamento profundo inevitavelmente se traduz em soluções marcadamente mais inovadoras e de qualidade substancialmente superior, diferenciando seu serviço no mercado competitivo. 
  • Consolidação de relacionamentos comerciais duradouros: Profissionais que efetivamente prosperam em seus ambientes de trabalho naturalmente criam vínculos notavelmente mais fortes e produtivos nos contextos em que atuam profissionalmente. 
  • Desenvolvimento de uma cultura de aprendizado contínuo: O foco consistente no desenvolvimento permanente eleva progressivamente o nível técnico coletivo da equipe, criando assim um ciclo virtuoso de crescimento organizacional. 

Além disso, esses benefícios se reforçam mutuamente, gerando um efeito multiplicador que melhora o desempenho global da organização. 

O papel fundamental da liderança na promoção efetiva do quiet thriving 

Os gestores responsáveis por profissionais terceirizados desempenham uma função importante nesse processo: 

  • Monitoram proativamente as demandas para garantir que o profissional jamais seja sobrecarregado excessivamente ou, inversamente, subutilizado em suas capacidades; 
  • Facilitam o acesso a recursos de desenvolvimento contínuo e crescimento profissional, como cursos online; 
  • Reconhecem contribuições significativas; 
  • Conduzem periodicamente check-ins que transcendem as meras entregas técnicas, abordando aspectos holísticos da experiência profissional. 

Ademais, líderes eficazes modelam pessoalmente os comportamentos associados ao quiet thriving, demonstrando concretamente como equilibrar excelência profissional com bem-estar pessoal, inspirando assim suas equipes através do exemplo vivo, não apenas por instruções teóricas. 

Leia também: Ambidestria como uma das melhores práticas na liderança de TI  – Ahoy 

Equilibrando necessidades individuais e demandas organizacionais 

É importante enfatizar que o quiet thriving definitivamente não significa ignorar responsabilidades profissionais. Pelo contrário, representa a busca consciente por um equilíbrio entre diversos fatores: 

  • Capacitar os profissionais para estabelecerem limites verdadeiramente saudáveis sem comprometer a qualidade das entregas técnicas; 
  • Negociar expectativas realistas com os clientes para prevenir demandas excessivas ou cronogramas inviáveis; 
  • Desenvolver mecanismos de feedback bidirecional que considerem equilibradamente tanto a satisfação do cliente quanto o bem-estar percebido do profissional; 
  • Criar métricas de sucesso que incorporem indicadores de bem-estar psicológico e desenvolvimento profissional, complementando assim os tradicionais resultados técnicos mensuráveis. 

Este equilíbrio delicado exige reavaliação periódica, já que as necessidades individuais e organizacionais evoluem com o tempo. 

Como o trabalho remoto influencia essas tendências  

O modelo híbrido ou remoto, atualmente predominante no setor tecnológico, traz simultaneamente desafios e oportunidades. 

Desafios: 

  • As equipes enfrentam dificuldade acentuada em detectar precocemente sinais sutis de desengajamento quando interagem somente à distância; 
  • Os profissionais experimentam risco elevado de isolamento social e profissional, fator que potencialmente acelera processos de quiet quitting se não adequadamente gerenciado; 
  • As organizações lidam com comunicação mais complexa sobre necessidades individuais e expectativas organizacionais; 
  • As fronteiras entre vida pessoal e profissional frequentemente se tornam um pouco mais complexas, podendo levar à exaustão. 

Oportunidades: 

  • Os colaboradores desfrutam de flexibilidade maior para adaptar organicamente seu trabalho ao estilo de vida pessoal e ritmos de produtividade individuais; 
  • As equipes descobrem possibilidades inéditas para criar ambientes de trabalho personalizados que potencializam foco e criatividade; 
  • Os profissionais recuperam tempo anteriormente dedicado a deslocamentos urbanos, podendo redirecioná-lo para desenvolvimento profissional contínuo ou iniciativas de bem-estar pessoal; 
  • As organizações acessam talentos geograficamente dispersos, ampliando seu potencial. 

Portanto, quando gerenciado com intencionalidade, o trabalho remoto pode efetivamente catalisar o quiet thriving ao proporcionar aos profissionais maior autonomia sobre seu ambiente e rotina, elementos muito citados como fundamentais para a satisfação profissional em carreiras tecnológicas. 

Leia também: Trabalho remoto, presencial ou híbrido? Como escolher? – Ahoy 

Enfim, empresas que cultivam o quiet thriving lideram a transformação do setor rumo a um modelo mais humano, sustentável e produtivo de trabalho tecnológico. 

Sua empresa já adota este modelo? 

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